3 de julho de 2020 – Artigo de Reinaldo Guimarães
Talvez o fato mais espetacular ocorrido no panorama farmacêutico internacional nas últimas décadas foi a emergência e atual hegemonia dos medicamentos desenvolvidos por rota biológica, mormente no campo de macromoléculas, em substituição à mais que centenária rota de síntese química. Para as grandes empresas farmacêuticas esse fato colocou um problema e abriu uma imensa oportunidade. O problema foi a escassa competência tecnológica e fabril das farmacêuticas nessa nova rota: a oportunidade foi a descoberta daquela competência na indústria de vacinas. A resultante foi o início de um intenso processo de fusões e, principalmente aquisições de indústrias de vacinas por grandes empresas farmacêuticas. Entre 2005 e 2012, as 13 maiores compras e fusões desse tipo movimentaram cerca de US$ 220 bilhões e transformaram, em 2012, as farmacêuticas GSK, Sanofi, Pfizer, Merck e Novartis nos maiores produtores globais, sendo então responsáveis por cerca de 75% do mercado global de vacinas[1]. Atualmente o ranking pode estar modificado, mas o panorama permanece o mesmo
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