Trajetória e Futuro

Nasci na década de 1960 e sou servidor (área de TI) no TRF2 – Rio de Janeiro há mais de 30 anos. Graduado em Informática (Redes) pela Unicarioca / 2006, estive em diversos cursos da UERJ (Informática, Economia, Filosofia, Letras), da UFRJ (Engenharia, Física) e da UNIRIO (Matemática). Trabalho com bancos de dados de sistemas processuais. Basicamente, conserto coisas que deram errado – uma tarefa muitas vezes desafiadora e sensível.

Estudo inteligência artificial de modo independente e mantenho um site sobre o assunto. Fiz vários cursos sobre IA. É uma ótima área para se trabalhar na aposentadoria.

Em minha organização já se usa IA, mas ainda não estou engajado nessa área. Meu interesse pessoal vem da constatação de que os sistemas processuais serão mais úteis para todos, se entenderem a linguagem natural – escrita e falada – do usuário. E mais, quando entenderem o contexto do processo.

Em 2021, após uma convalescença difícil de Covid-19, tornei-me professor de física, voluntário em EAD (Ensino a Distância) e assessor de TI do Pré-Vestibular Social (PVS) Adelaide Barbosa – um curso do CEMUFP para comunidades carentes de Pedra de Guaratiba, no Rio de Janeiro. Desde aquele ano, conseguimos colaborar para colocar vários alunos em faculdades públicas. Estou num período sabático no PVS.

Interesso-me pelo ensino da língua inglesa e, em 2022, atendendo ao desafio de meus alunos, ingressei, via ENEM de ampla concorrência, na UERJ. Após algumas pausas, cheguei ao quarto período, dando prioridade para a língua inglesa, linguística e morfosintaxe. Aliás, a linguística tem sido uma excelente ajuda para o entendimento dos problemas dos alunos, figurando como a “rainha das ciências” do curso de Letras (A UERJ tem, teoricamente, umas 30 disciplinas de linguística – nem todas ativas). Ela também apresenta uma base sólida para o estudo do processamento de linguagem natural e IA, graças aos estudos de gramática generativa. Também é útil para o entendimento de fenômenos neurológicos e sua influência no aprendizado. Curiosamente, depois de dedicar décadas a computadores digitais e a linguagens de programação, volto a minha atenção ao cérebro, seu funcionamento e ao mecanismo de aprendizagem.

Pretendo desenvolver uma nova proposta curricular de inglês para PVSs e ministrar aulas usando as técnicas aprendidas na UERJ. Também estou me preparando para o projeto de interação homem-máquina por língua natural e novas técnicas de CASE por IA.

Interagir com os colegas muito jovens da UERJ tem sido um desafio. Sempre pauto minhas interações na academia pelo preceito de estar em sala para ajudar servir a todos na melhoria do ensino superior e da qualidade de vida da sociedade A excelência desses professores e alunos, no entanto, traz à luz problemas e dúvidas – afinal sou apenas um aluno que já esteve ali várias vezes ! Isso me soa um tanto egoísta, pois as vagas são para os jovens, prioritariamente.

Muitas vezes me pergunto se eu deveria estar na UNATI / UERJ – Universidade da Terceira Idade. Mas, vale estar convivendo com esses jovens geniais. Assalta-me, temporariamente, a tal síndrome do impostor: – A essa altura da vida, é esse realmente o meu lugar ? Mas a resposta vem rápida do subconsciente: – Você conquistou, novamente, o direito de estar aqui. Mostra-me um lugar melhor !

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