É da natureza humana o rompimento de contratos mas os contratos são feitos por necessidade social. Como harmonizar essas tendências opostas ?
Quando um povo elabora uma constituição é por necessidade pois, sem ela, a costumeira luta pelas vantagens de um grupo sobre o outro chegaria a um estágio de combate real, de guerra, desestruturando assim aquela sociedade. Ainda assim, a existência de um congresso capaz de alterar uma constituição com a introdução de emendas é uma abominação, pois ela deveria ser um instrumento de cláusulas pétreas, consagradas pelo momento histórico. Sim, isso é também é contraditório porque a constituição representa a sociedade em determinado momento naquele presente, mas não em seu futuro.
Existe um contrato perfeito, elaborado por mentes inspiradas logo após a Segunda Guerra Mundial. É a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Nós não vemos grupos tentando alterá-la. Ninguém tem esse poder. Mas vemos nações que a assinaram desrespeitando os seus princípios. Isso nos leva a outro ponto: um contrato sem um protetor poderoso tende a ser rompido. Se uma constituição precisa de um exército para protegê-la, a DUDH também precisa. Mas neste último caso, as Nações Unidas têm falhado em providenciar este poder. Basta olharmos os últimos acontecimentos no período 2019-2024 na Ucrânia, em Israel, no Brasil ou lançarmos um olhar sobre história da Bósnia, da Armênia, do povo Curdo, ou do povo Yanomami.
A Terra se ressente do poder que irá forçar a honra aos contratos essenciais. A não-proliferação atômica, a proteção à criança, a proteção do meio-ambiente, a proteção ao idoso – esses temas e outros inspiraram contratos. Mas sem uma polícia mundial eles sempre serão vilipendiados. Precisamos criar esses super-policiais, com superpoderes dados pela ciência, com super-consciências. E precisamos tentar responder a inevitável pergunta: Quem vai policiar a polícia mundial ?
Sê o primeiro