LINGUISTICA IV – Aula 1

O QUE ESTUDA A PSICOLINGUÍSTICA ?

o Aquisição, produção e compreensão da linguagem.

o ChatGPT:


A psicolinguística é o campo de estudo que investiga a relação entre os processos mentais e a linguagem. Ela explora como as pessoas compreendem, produzem e adquirem a linguagem, bem como os processos cognitivos subjacentes a essas habilidades.

Os principais tópicos de estudo da psicolinguística incluem:

  1. Aquisição da Linguagem: Como as crianças aprendem a falar e entender a linguagem, quais são as etapas desse processo, e como fatores biológicos e ambientais influenciam o desenvolvimento linguístico.
  2. Processamento da Linguagem: Como o cérebro processa a linguagem em tempo real, tanto na fala quanto na leitura e na escrita. Isso inclui a compreensão de palavras, frases e textos, e a produção de fala.
  3. Bilinguismo e Multilinguismo: Como as pessoas aprendem e utilizam múltiplas línguas, e como essas línguas interagem no cérebro.
  4. Linguagem e Cognição: Como a linguagem está relacionada a outros processos cognitivos, como a memória, atenção e percepção. Por exemplo, como as palavras são armazenadas na memória e como elas são recuperadas quando precisamos usá-las.
  5. Distúrbios de Linguagem: Estudo de condições como afasia, dislexia, e outros distúrbios que afetam a capacidade de compreender ou produzir linguagem.

A psicolinguística é interdisciplinar, combinando conhecimentos de linguística, psicologia, neurociência e ciências cognitivas para entender melhor como a linguagem funciona no ser humano.

• Para casa: Ler os textos 1,3,4,5 indicados no Google Classroom.

• O QUE É LINGUAGEM ?

(ChatGPT) :

o A linguagem é um sistema complexo de comunicação usado para expressar pensamentos, sentimentos, ideias e informações. Ela pode ser falada, escrita, sinalizada ou mesmo representada por símbolos. A linguagem permite que os seres humanos compartilhem conhecimento, façam perguntas, transmitam cultura e criem laços sociais.

Características principais da linguagem:

  1. Simbólica: A linguagem utiliza símbolos (como palavras ou sinais) que representam conceitos, objetos ou ações. Esses símbolos são arbitrários, o que significa que não há uma relação intrínseca entre a forma do símbolo e o que ele representa.
  2. Estrutural: A linguagem possui uma estrutura organizada em diferentes níveis, como fonemas (sons), morfemas (unidades de significado), palavras, frases e sentenças. A gramática é o conjunto de regras que governa a combinação dessas unidades.
  3. Cultural: A linguagem é influenciada pela cultura e, ao mesmo tempo, molda a cultura. Cada língua reflete a visão de mundo e os valores de uma comunidade.
  4. Dinâmica: A linguagem está em constante evolução, com palavras novas sendo criadas, significados mudando e estruturas gramaticais se adaptando ao longo do tempo.
  5. Creativa: Os seres humanos podem gerar e compreender uma infinidade de novas frases e expressões, mesmo que nunca as tenham ouvido antes. Isso se deve à capacidade criativa inerente à linguagem.

Funções da linguagem:

Comunicação: A principal função da linguagem é permitir a comunicação entre indivíduos.
Expressão: A linguagem permite a expressão de pensamentos, emoções e identidade pessoal.
Cognição: A linguagem é fundamental para o pensamento, permitindo categorizar e organizar o mundo ao nosso redor.
Socialização: A linguagem facilita a interação social e a transmissão de normas e valores culturais.

A linguagem é uma das características mais distintivas da espécie humana, desempenhando um papel central em praticamente todas as atividades humanas.

• (ChatGPT) COMO SE DÁ A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ?


A aquisição da linguagem é o processo pelo qual os seres humanos aprendem a entender, produzir e usar a linguagem para se comunicar. Esse processo começa desde o nascimento e envolve uma complexa interação de fatores biológicos, cognitivos, sociais e ambientais. Aqui está uma visão geral de como se dá a aquisição da linguagem:

  1. Fatores Biológicos e Inatos

Capacidade Inata: A maioria dos pesquisadores concorda que os seres humanos nascem com uma capacidade inata para adquirir linguagem, conhecida como faculdade da linguagem. Essa ideia é sustentada pela observação de que todas as crianças, independentemente da cultura ou língua, passam por estágios semelhantes de desenvolvimento linguístico.

Período Crítico: Existe uma janela de tempo, chamada de período crítico, durante a qual a aquisição da linguagem ocorre mais facilmente. Essa janela geralmente se estende até a puberdade, e após esse período, aprender uma língua pode ser mais difícil.

  1. Estágios da Aquisição da Linguagem

Fase Pré-linguística (0-12 meses): Nos primeiros meses de vida, os bebês começam a distinguir sons e vozes. Eles experimentam diferentes sons com balbucios, e por volta dos 6 meses, começam a emitir sons específicos que são comuns na língua ao redor.

Primeiras Palavras (12-18 meses): Por volta de um ano de idade, as crianças começam a produzir suas primeiras palavras. Essas palavras geralmente têm significado prático, como “mamãe” ou “água”.

Fase Holofrásica: As crianças começam a usar palavras isoladas para expressar ideias completas, como “leite” para dizer “quero leite”.

Frases de Duas Palavras (18-24 meses): As crianças começam a combinar duas palavras para formar frases simples, como “mais bolo” ou “papai foi”.

Explosão do Vocabulário: A partir dos dois anos, há um rápido aumento no vocabulário da criança, que começa a formar frases mais complexas e entender as regras gramaticais básicas.

Aquisição Completa da Gramática (3-5 anos): Por volta dos 3 a 5 anos, as crianças já conseguem formar frases completas e começam a dominar a estrutura gramatical de sua língua materna.

  1. Fatores Sociais e Ambientais

Interação Social: A interação com os pais, cuidadores e outras pessoas desempenha um papel crucial na aquisição da linguagem. A fala dirigida à criança, conhecida como fala maternal, é muitas vezes mais lenta, repetitiva e enfatiza palavras e frases curtas, ajudando a criança a aprender.

Input Linguístico: A quantidade e a qualidade da linguagem a que a criança é exposta influenciam o ritmo e a precisão da aquisição da linguagem. Crianças expostas a uma linguagem rica e variada tendem a desenvolver habilidades linguísticas mais rapidamente.

Bilinguismo: Crianças expostas a mais de uma língua desde cedo podem adquirir ambas as línguas simultaneamente. Elas podem misturar as línguas no início, mas com o tempo, desenvolvem competência em ambas.

  1. Teorias da Aquisição da Linguagem

Teoria Inatista (Noam Chomsky): Sugere que as crianças nascem com um dispositivo de aquisição da linguagem (LAD), uma estrutura inata no cérebro que facilita a aprendizagem da língua.

Teoria do Comportamento (B.F. Skinner): Enfatiza o papel do ambiente e da aprendizagem por reforço, onde as crianças aprendem a linguagem por meio de imitação e reforço positivo.

Teoria Interacionista: Combina elementos das teorias inatista e comportamental, sugerindo que tanto fatores biológicos quanto a interação social são essenciais para a aquisição da linguagem.

  1. Aquisição da Linguagem Gestual ou Sinalizada

Para crianças surdas ou que utilizam línguas gestuais, a aquisição da linguagem ocorre de maneira semelhante à das crianças ouvintes. Elas passam por estágios equivalentes de desenvolvimento, começando com balbucios manuais e progredindo para sinais completos, aprendendo as regras gramaticais da língua gestual ou sinalizada de sua comunidade.

  • (CHATGPT) O QUE É MAIS IMPORTANTE NA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM: O ASPECTO COGNITIVO OU O SOCIAL ?

A aquisição da linguagem é um processo complexo que envolve tanto aspectos cognitivos quanto sociais, e ambos são fundamentais, mas em diferentes maneiras. A importância relativa de cada um pode depender do enfoque teórico, mas na prática, é a interação entre esses dois aspectos que permite o desenvolvimento pleno da linguagem.

Aspecto Cognitivo

Capacidade Inata: O aspecto cognitivo refere-se às habilidades inatas e ao desenvolvimento mental que permitem a criança entender e produzir linguagem. Teorias como a inatista, proposta por Noam Chomsky, sugerem que os seres humanos nascem com uma “gramática universal” ou uma predisposição biológica para a linguagem. Este aspecto inclui:

Percepção e Discriminação de Sons: Desde muito cedo, os bebês têm a capacidade de distinguir entre diferentes sons da fala, o que é crucial para aprender palavras e estruturas linguísticas.

Memória e Aprendizado: A memória de trabalho e a capacidade de formar associações são fundamentais para o aprendizado de vocabulário e regras gramaticais.

Processamento de Informação: A capacidade de processar e compreender a linguagem em tempo real, mesmo que complexa, é parte essencial do aspecto cognitivo.

Aspecto Social

Interação e Imitação: O aspecto social refere-se à importância do ambiente e da interação com outros falantes na aquisição da linguagem. A linguagem é uma ferramenta social, e a comunicação com outras pessoas é essencial para o aprendizado linguístico. Este aspecto inclui:

Input Linguístico: A quantidade e qualidade da linguagem a que a criança é exposta influenciam seu desenvolvimento linguístico. Crianças que interagem com adultos que falam muito e de forma rica tendem a desenvolver melhor suas habilidades linguísticas.

Fala Dirigida à Criança: Os adultos muitas vezes ajustam sua fala ao conversar com crianças, usando frases mais simples, repetitivas e entonação exagerada. Isso ajuda a criança a entender e aprender a linguagem.

Imitação e Prática: As crianças aprendem muito por imitação. Ao ouvir e tentar reproduzir a linguagem que ouvem, elas aprendem as regras e padrões de sua língua materna.

Contexto Social e Cultural: A linguagem é também moldada pela cultura e pelo contexto social. Diferentes culturas têm diferentes práticas linguísticas, que influenciam como e o que as crianças aprendem.

Interação entre Cognitivo e Social

Ambos são Cruciais: Na realidade, os aspectos cognitivos e sociais não atuam isoladamente; eles se complementam. A capacidade inata de processar linguagem (aspecto cognitivo) precisa ser estimulada através da interação social. Da mesma forma, a interação social só é eficaz se a criança tiver as capacidades cognitivas para processar e aprender com essa interação.

Teoria Interacionista: A teoria interacionista argumenta que tanto os fatores biológicos (cognitivos) quanto os sociais são essenciais e se reforçam mutuamente. A criança tem uma predisposição cognitiva para aprender a linguagem, mas precisa da interação social para ativar e desenvolver essa habilidade.

Conclusão

É difícil dizer que um aspecto seja “mais importante” do que o outro na aquisição da linguagem. O aspecto cognitivo proporciona as bases e capacidades necessárias para a linguagem, enquanto o aspecto social oferece o ambiente e o estímulo necessários para que essas capacidades se desenvolvam plenamente. Portanto, a aquisição da linguagem é um processo onde o cognitivo e o social são igualmente importantes e interdependentes.

  • (CHATGPT) VOCÊ DISSE: “A IMPORTÂNCIA RELATIVA DE CADA UM PODE DEPENDER DO ENFOQUE TEÓRICO, MAS NA PRÁTICA, É A INTERAÇÃO ENTRE ESSES DOIS ASPECTOS QUE PERMITE O DESENVOLVIMENTO PLENO DA LINGUAGEM.” – CITE 5 AUTORES QUE DIZEM ISSO.

A ideia de que a aquisição da linguagem resulta da interação entre aspectos cognitivos e sociais é uma posição defendida por vários teóricos e pesquisadores em psicolinguística e desenvolvimento infantil. Aqui estão cinco autores que abordam essa interação:

  1. Lev Vygotsky – Vygotsky é um dos principais teóricos que enfatiza a interação entre o social e o cognitivo no desenvolvimento da linguagem. Em sua teoria sociocultural, ele propôs que o desenvolvimento cognitivo ocorre através da interação social, com a linguagem desempenhando um papel crucial como ferramenta de mediação.
  2. Jerome Bruner – Bruner desenvolveu a ideia do “andaime” (scaffolding), onde adultos ou pessoas mais experientes ajudam a criança a desenvolver habilidades cognitivas e linguísticas através da interação social. Ele defendeu que a aquisição da linguagem é facilitada por essa interação, que guia a criança a um entendimento mais profundo.
  3. Michael Tomasello – Tomasello é um defensor da abordagem interacionista, argumentando que a linguagem é adquirida através da intenção compartilhada e da interação social. Em seus trabalhos, ele explora como as capacidades cognitivas inatas se desenvolvem e são moldadas pela experiência social.
  4. Jean Piaget – Embora Piaget seja mais conhecido por seu foco no desenvolvimento cognitivo, ele reconheceu que a linguagem e o desenvolvimento cognitivo são influenciados pelas interações sociais. Para Piaget, as interações com o meio social e os pares desempenham um papel crucial no desenvolvimento das estruturas cognitivas que suportam a linguagem.
  5. Elizabeth Bates – Bates, cofundadora do campo do processamento da linguagem em tempo real, é conhecida por sua teoria do desenvolvimento baseada em sistemas dinâmicos, que enfatiza a importância tanto das capacidades cognitivas inatas quanto do input social e ambiental no desenvolvimento da linguagem.

Esses autores, cada um com sua abordagem teórica distinta, concordam que a aquisição da linguagem é um processo que envolve a interação entre aspectos cognitivos e sociais, sublinhando a importância de ambos para o desenvolvimento pleno da linguagem.

  • (CHATGPT) PARA MARCOS BAGNO, O QUE É LÍNGUA ?

Marcos Bagno, linguista e escritor brasileiro, tem uma visão sociocultural da língua, destacando-a como um fenômeno social, dinâmico e plural. Para Bagno, a língua não é apenas um conjunto de regras gramaticais fixas, mas uma prática viva, que varia e se adapta conforme os contextos sociais e culturais em que é utilizada.

Principais ideias de Marcos Bagno sobre língua:

  1. Fenômeno Social e Cultural:

Bagno enfatiza que a língua é um produto da sociedade e da cultura, refletindo as condições históricas, sociais e culturais de seus falantes. Ele critica a visão prescritiva da gramática, que tenta impor um “uso correto” da língua, desconsiderando a diversidade linguística existente.

  1. Pluralidade e Diversidade:

Para Bagno, a língua é intrinsecamente diversa. Ele argumenta que existem múltiplas variedades de uma língua (como dialetos, socioletos, registros), todas igualmente válidas, e que nenhuma deve ser considerada superior às outras. Essa visão é central em seu combate ao preconceito linguístico.

  1. Dinâmica e Mutável:

Bagno vê a língua como algo dinâmico, em constante mudança e adaptação. Ele ressalta que as línguas evoluem com o tempo, acompanhando as transformações sociais e culturais. Assim, o que é considerado “correto” ou “padrão” em uma língua pode mudar conforme a sociedade muda.

  1. Instrumento de Poder e Exclusão:

Bagno também destaca o papel da língua como instrumento de poder, muitas vezes usado para excluir ou marginalizar certos grupos sociais. Ele critica a imposição de um “português padrão” como única forma legítima de falar ou escrever, defendendo o reconhecimento e valorização das diversas formas de expressão linguística.

  1. Critica ao Preconceito Linguístico:

Um dos pontos centrais no trabalho de Bagno é a crítica ao preconceito linguístico, que ele define como a discriminação contra pessoas ou grupos com base em seu modo de falar. Ele argumenta que esse preconceito é uma forma de manter desigualdades sociais e que a educação linguística deve promover a valorização da diversidade linguística.

Em resumo, para Marcos Bagno, a língua é um fenômeno social dinâmico, plural e profundamente interligado com questões de poder e identidade. Ele defende uma abordagem mais inclusiva e democrática da língua, que reconheça e valorize a diversidade linguística existente na sociedade.

Observações sobre a língua:

o É um conjunto de representações simbólicas com as seguintes características:

  1. Compartilhado
  2. Interação e integração social
  3. Fonomorfosintaxe
  4. Coevolui
  5. Repertório de sons e sinais
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