“Louise, protagonista de A Chegada, filme do cineasta Denis Villeneuve, é uma especialista cooptada pelo exército norte-americano para decodificar a linguagem aparentemente ininteligível dos alienígenas que se instalam em diversas partes do mundo sem um motivo evidente. Parte-se, então, de uma necessidade urgente de compreensão. Em meio aos protocolos que denotam a preocupação com os objetos voadores não identificados, essa mulher interpretada por Amy Adams acessa percepções que, associadas à sequência inicial, na qual é violentamente exposto o drama decorrente do câncer responsável por ceifar a vida de sua filha, expõem a intimidade sobressalente mesmo com todos diante de um evento de proporções globais. A atmosfera criada por Villeneuve é alavancada pelo mistério, primeiro, no que diz respeito ao aspecto físico dos visitantes e, segundo, no que tange às suas reais intenções. Ao redor da problemática se arma um circo que oferece exemplos das controvérsias governamentais quando deflagrada um crise, neste caso, frente ao desconhecido.”
Já dando o spoiller, os visitantes vieram oferecer uma “arma” contra inimigos comuns que virão – é a sua própria linguagem, que permite aos humanos perceberem o futuro. O filme todo é uma deliciosa discussão sobre a Hipótese de Sapir-Whorf.
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