Atualmente, o ponto mais alto da pesquisa em energia está ainda nos reatores de fusão nuclear: Os reatores tokamak. A China, os Estados Unidos, a Rússia, o Japão, a Coréia do Sul e o Reino Unido estão numa corrida furiosa pela energia limpa e (praticamente) inesgotável.
Mas a energia abundante e concentrada leva a uma responsabilidade enorme: o meio-ambiente e a sociedade podem ser transformados violentamente para o bem e para o mal. Imagine um trator que não pare nunca de demolir florestas ou um laser que possa remover montanhas inteiras em poucos dias, graças a sua fonte interminável de energia. As ferramentas mais comuns da engenharia precisariam ser classificadas como armas. Não nos esqueçamos que um dos inventores do reator Tokamak foi Andrei Sakharov, um defensor das liberdades civis, um homem perseguido por seu próprio governo, torturado e exilado na Sibéria da antiga União Soviética. Sua esposa, Yelena Georgievna Bonner, e seus sogros, também foram vítimas da violenta e covarde repressão.
Não há mais ciências separadas por área. Todas as ciências precisam estar juntas conversando mutuamente, pedido conselhos aos defensores dos direitos civis e aos guerreiros do arco-íris, entendendo os seres, os aspectos dinâmicos da natureza terrena e eté do espaço exterior.
Não precisamos apenas de ferramentas maravilhosas e energia farta, barata e limpa. Precisamos de uma sociedade que saiba lidar com sabedoria com essas invenções.
E o Brasil, neste ano de 2023, deu apenas o primeiro passo para essa sociedade.
Hali Omani, no Curso de Física do I2