Quanto tempo leva para uma organização se livrar da mania dos endereços IP ?
Não, prezado leitor. Não estamos falando de árvores do gênero Tabebuia. Estamos falando de endereços IP – aquele numerozinho de rede que identifica cada placa de rede numa máquina, seja ela impressora, tablet, celular, desktop ou servidor. Quando seu dispositivo é conectado a uma rede, ele recebe um endereço IP. Pode set um endereço IP v4 ( por exemplo 10.10.1.100 ) ou IPv6 ( por exemplo fe80::fa2f:9ee4:8d36:2cd1%8 ). O endereço IP é como uma “carteira de identidade”, que determina quem é seu dispositivo. Só que há um problema: Esta identidade pode mudar. E quando muda, é melhor você saber o nome do dispositivo e não o endereço IP. Sim, além do endereço IP as máquinas recebem um nome na hora da instalação. Pode ser, por exemplo [ netuno.servidor@imbuhy.com ]. Parece estranho mas é possível. Pode ser também [ rabeca.impressora.imbuhy.com ].
As pessoas que criam nomes de máquinas são muito criativas. Um administrador pode muito bem decidir que servidores têm nome de astros do sistema solar e impressoras têm nome de instrumentos musicais. O importante é que, mesmo mudando o endereço IP de um dispositivo, seu nome normalmente não muda.
Mas o mundo não é justo. Muitas vezes o ambiente de TI de uma organização é configurado por IP e não por nome. Aconteceu desde o começo, quando estávamos começando a implantar redes. Assim, o servidor de e-mail pode ser [ 10.10.1.7 ] e não [ correio-01.servidor.imbuhy.com ]. O problema é que, já os que endereços IP mudam, os programas que usam máquinas como essa ficam doidos procurando o servidor e não acham. Se eles estivessem procurando o nome, não haveria problema. Além disso, eu posso informar que um dispositivo de IP diferente do original “herdou” o nome de um dispositivo que foi tornado obsoleto. É possível também fixar endereços IP; aquela máquina vai ter o mesmo endereço IP sempre. Mas não é uma ideia muito boa hoje em dia, a menos que sejam servidores especiais (dns, correio etc).
Para piorar a situação, os profissionais da área de infraestrutura acabam mudando endereços IP – sem querer ou de propósito – quando trocam máquinas, restauram máquinas problemáticas ou reconfiguram equipamentos de rede. E sim, equipamentos de rede possuem endereços IP também, é claro.
A moral da história é: – Nunca crie sistemas que trabalhem com endereço IP. Não armazene IPs nas tabelas de bancos de dados de configuração, a menos que seja para fins de auditoria de segurança. Use nomes. Porque para o primeiro caso, o desastre é certo e só depende do tempo.
Sê o primeiro