Robôs do Google aprendem a se comunicar -secretamente- entre si.

Por Bruno Garattoni Atualizado em 21 dez 2016, 09h44 - Publicado em 28 out 2016, 15h00

Usando técnicas de rede neural (tipo de inteligência artificial em que o robô aprende sozinho, por tentativa e erro, a executar uma determinada tarefa), Alice e Bob desenvolveram seu próprio método de criptografia e se comunicaram de forma totalmente confidencial, sem que Eve pudesse decodificar as informações. Pela primeira vez na história, duas entidades de inteligência artificial conseguiram criar, sozinhas, um meio para se comunicar de forma secreta.
É um avanço extraordinário – que também pode soar preocupante. Máquinas inteligentes conversando secretamente entre si mesmas, sem que a humanidade possa saber o que estão tramando, daria um belo roteiro para uma distopia de ficção científica. Mas, na vida real, não precisa ser assim. Primeiro, porque máquinas inteligentes não irão evoluir, necessariamente, contra a humanidade. Segundo, porque basta projetar os sistemas de inteligência artificial com salvaguardas, ou seja, mecanismos de segurança que sempre permitam intervenção humana nas máquinas. Mesmo que essa intervenção seja a mais banal de todas: desligá-las da tomada.

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