Controladoria-Geral da União afirma a necessidade de aprimorar os métodos do INSS para reduzir as negativas excessivas.
(c) Blog do Prev – 14 de novembro de 2023, 16:53 (Atualizado em 14 de novembro de 2023, 16:53)
Renan Oliveira
Advogado (OAB/RS 80.622). Fundador do Previdenciarista. Mestre em Direito Tributário pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra – FDUC, Portugal. Especialista em Direito Tributário pela Universidade de Caxias do Sul – UCS. MBA em Gestão Estratégica de Negócios na Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Franciscano – UNIFRA. Consultor de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.
Em auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), seis em cada dez pedidos de benefício lidos pelos robôs do (INSS) são negados. Os dados apresentados são dos requerimentos feitos em 2022. O resultado mostra aumento em relação ao ano anterior, que negou 45% dos pedidos de benefícios previdenciários, número abaixo dos 65% em 2022.
POR QUE AUMENTOU O NÚMERO DE PEDIDOS NEGADOS?
Segundo o relatório da CGU, o atual cenário “tem como consequência potencial o aumento no número de recursos feitos ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), além dos acionamentos feitos à Justiça”. Além disso, a complexidade da análise, documentos variados, entre outros aspectos, tornam a automação dependente da análise humana em muitos casos.
A CGU confirmou, por fim, a necessidade de aprimorar os métodos do INSS para reduzir as negativas excessivas.
O QUE O INSS JUSTIFICOU SOBRE O CASO ?
Segundo o INSS, “37% dos pedidos dos segurados são decididos pela ferramenta de inteligência artificial”. De acordo com o diretor de Tecnologia da Informação do órgão, Ailton Nunes, os robôs ainda não conseguem decidir pedidos complexos, que atualmente são analisados manualmente pelos servidores. O INSS afirmou que continua concedendo e negando benefícios na mesma proporção de sempre. “Desde 2021, o INSS concede, em média, 52% dos pedidos. E nega os outros 48%. Isso não mudou. A única diferença é que, agora, quem nega a maior parte dos pedidos (66% dos indeferimentos, em média), é o robô”.
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